No dia 7 de abril de 1975, a lavradora Neide Aparecida Pereira, de 22 anos, saiu de casa para buscar lenha e, quando voltou, sua filha de dois anos havia desaparecido. Na queixa registrada na delegacia de polícia de Tanabi, interior de São Paulo, onde ela morava, Neide apontou como suspeito de ter sequestrado a menina um parente de seu marido, Pedro Antônio Garcia, na época com 34 anos. O caso foi arquivado sem que a criança e o suspeito fossem encontrados.
Após 44 anos, em agosto último, a cuidadora Simone Aparecida Lopes Garcia, de 46 anos, moradora de Cariacica, na Grande Vitória (ES), descobriu que era ela a menina sequestrada e que fora criada como filha pelo próprio sequestrador. O homem que chamava de pai a separou também de duas irmãs mais velhas que ficaram com sua verdadeira mãe. "Vivi, até agora, uma vida de mentira, uma vida que não era minha. Quero encontrar minha mãe e minhas irmãs para reescrever minha história", disse, ao jornal O Estado de S. Paulo, por telefone, nesta quarta-feira, 6
Simone conta que desde pequena seu "pai" dizia que a mãe dela, Iraildes da Cunha Lopes, era alcoólatra e havia morrido. Ela, no entanto, nunca tinha visto o atestado de óbito ou qualquer documento a respeito. "Quando eu queria saber mais, ele ficava bravo e, como era um homem violento, eu deixava para lá. Em maio de 2006, ele sofreu um derrame e ficou muito ruim. Fui a última pessoa a falar com ele, antes de morrer, e pedi que falasse se minha mãe estava viva. Ele negou. Preferiu que esse segredo terrível morresse com ele."
Após 44 anos, em agosto último, a cuidadora Simone Aparecida Lopes Garcia, de 46 anos, moradora de Cariacica, na Grande Vitória (ES), descobriu que era ela a menina sequestrada e que fora criada como filha pelo próprio sequestrador. O homem que chamava de pai a separou também de duas irmãs mais velhas que ficaram com sua verdadeira mãe. "Vivi, até agora, uma vida de mentira, uma vida que não era minha. Quero encontrar minha mãe e minhas irmãs para reescrever minha história", disse, ao jornal O Estado de S. Paulo, por telefone, nesta quarta-feira, 6
Simone conta que desde pequena seu "pai" dizia que a mãe dela, Iraildes da Cunha Lopes, era alcoólatra e havia morrido. Ela, no entanto, nunca tinha visto o atestado de óbito ou qualquer documento a respeito. "Quando eu queria saber mais, ele ficava bravo e, como era um homem violento, eu deixava para lá. Em maio de 2006, ele sofreu um derrame e ficou muito ruim. Fui a última pessoa a falar com ele, antes de morrer, e pedi que falasse se minha mãe estava viva. Ele negou. Preferiu que esse segredo terrível morresse com ele."
Ela está recebendo ajuda de uma organização especializada em buscas de pessoas desaparecidas. "Meus filhos estão me apoiando em tudo. Dois deles, a Camila e o Gabriel, moram comigo. Eles também estão na maior expectativa. Quando o telefone toca, eu tremo, de tanta ansiedade." A filha Gabriela conta que a mãe recebe também apoio psicológico. "Foi muito horrível tudo isso que ela passou. Vamos fazer de tudo para que ela encontre a nossa avó verdadeira e também outros familiares", disse. // Correio
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