A Operação Contragolpe, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou supostos planos envolvendo ações contra autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes. No entanto, a operação gerou críticas de juristas e especialistas, que questionam possíveis excessos e inconsistências nas acusações.
Entre os críticos, a jurista e ex-deputada Janaina Paschoal afirmou que não houve tentativa de homicídio contra Lula, destacando a ausência de início de execução dos supostos planos, requisito necessário para caracterizar o crime. “Para ter tentativa, é preciso ter início da execução! Mesmo quando se inicia a execução, a desistência voluntária descaracteriza a tentativa”, argumentou.
Paschoal também criticou a abordagem da imprensa, que, segundo ela, estaria tratando os fatos de maneira sensacionalista. “As notícias estão surreais! Os jornalistas falando que tentaram matar o Lula, mas desistiram. Pelo amor de Deus!”, comentou.
Além disso, especialistas questionam a condução do caso pelo STF, já que os investigados não possuem prerrogativa de foro, sugerindo que o processo deveria ser remetido a outras instâncias. A polêmica reavivou discussões sobre o papel do núcleo político ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, frequentemente mencionado em investigações, mas que já teve acusações anteriores arquivadas por falta de provas, levantando dúvidas sobre a solidez das novas denúncias.
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