Com 23 votos favoráveis e apenas 3 contrários, a Câmara Municipal de Natal decidiu nesta terça-feira (19) abrir processo de cassação contra a vereadora Brisa Bracchi (PT).
A decisão foi tomada após denúncia apresentada pelo vereador Matheus Faustino, que acusa a parlamentar de usar recursos de emenda impositiva para financiar um evento político.
O caso envolve a festa “Rolé Vermelho, Bolsonaro na Cadeia”, realizada em 9 de agosto em Natal, que comemorou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a denúncia, Brisa teria destinado R$ 18 mil de verba pública para custear o evento.
No plenário, a votação registrou 23 votos a favor da abertura do processo e 3 pela rejeição da denúncia. Apenas um vereador, Eribaldo Medeiros (Rede), não participou, enquanto os diretamente envolvidos, o denunciante e a denunciada, ficaram impedidos de votar.

Quem votou a favor da cassação
Entre os parlamentares que apoiaram o andamento do processo estão nomes de diferentes partidos, como Aldo Clemente (PSDB), Anne Lagartixa (Solidariedade), Camila Araújo (União Brasil), Cláudio Custódio (PP), Daniell Rendall (Republicanos) e Kleber Fernandes (Republicanos).
Outros que votaram pelo prosseguimento da denúncia foram Pedro Henrique (PP), Robson Carvalho (União Brasil), Subtenente Eliabe (PL) e Tony Henrique (PL). No total, 23 vereadores se posicionaram pela abertura do processo disciplinar.
A decisão representa um passo importante dentro do rito interno da Casa, que agora seguirá com análise mais detalhada das acusações antes de definir se a parlamentar terá o mandato cassado.

Votos contrários e próximos passos
Apenas três vereadores votaram pelo arquivamento da denúncia: Daniel Valença (PT), Samanda Alves (PT) e Thabatta Pimenta (PSOL). Para eles, não houve irregularidade no uso dos recursos da emenda, uma vez que a verba teria sido destinada a uma ação cultural.
Com a abertura oficial do processo, Brisa Bracchi passa a responder formalmente dentro da Comissão de Ética da Câmara. O colegiado terá prazo para avaliar as provas, ouvir testemunhas e apresentar um parecer que será novamente submetido ao plenário.
A decisão final, que pode resultar na cassação ou na absolvição da vereadora, ainda não tem data definida. Enquanto isso, o caso segue repercutindo no cenário político da capital potiguar.
Veja como cada vereador votou:
Votaram SIM, para abrir o processo:
- Aldo Clemente (PSDB)
- Anne Lagartixa (Solidariedade)
- Camila Araújo (União Brasil)
- Chagas Catarino (União Brasil)
- Cláudio Custódio (PP)
- Cleiton da Policlínica (PSDB)
- Daniell Rendall (Republicanos)
- Daniel Santiago (PP)
- Eriko Jácome (PP)
- Fúlvio Saulo (Solidariedade)
- Herberth Sena (PV)
- Irapoã Nóbrega (Republicanos)
- João Batista Torres (DC)
- Kleber Fernandes (Republicanos)
- Leo Souza (Republicanos)
- Luciano Nascimento (PSD)
- Pedro Henrique (PP)
- Preto Aquino (Podemos)
- Robson Carvalho (União Brasil)
- Subtenente Eliabe (PL)
- Tarcio de Eudiane (União Brasil)
- Tércio Tinoco (União Brasil)
- Tony Henrique (PL)
Votaram NÃO, para arquivar:
- Daniel Valença (PT)
- Samanda Alves (PT)
- Thabatta Pimenta (PSOL)
BNews Natal
0 Comentários