Produção industrial do RN recua 21,4% e registra a maior queda do País em junho de 2025, aponta IBGE

 

A produção industrial do Rio Grande do Norte registrou, em junho de 2025, a maior retração entre os 18 estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi de 21,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, conforme aponta a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional – Produção Física, divulgada nesta sexta-feira (8).

Segundo o levantamento, o resultado negativo foi puxado principalmente pela forte redução nos setores de coque, que são produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel). Esse segmento sozinho teve uma variação negativa de 34,3% em junho de 2025, comparado a junho de 2024.

Apesar do tombo puxado pelo setor energético, os demais segmentos industriais apresentaram desempenho positivo no mesmo período. A indústria extrativista cresceu 36,6%, enquanto o setor de confecção de vestuário e acessórios subiu 22,4%. Já a fabricação de produtos alimentícios avançou 5,1%. O IBGE destacou que, mesmo com esses bons resultados, o peso do setor de derivados do petróleo acabou puxando o índice geral do estado para baixo.

Na variação acumulada de 2025, o cenário se mantém: queda de 27,1% nos setores de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, enquanto os demais continuam em alta. A indústria extrativista acumulou crescimento de 12,5% no ano, a confecção subiu 6,9% e a alimentícia, 5,9%.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, os únicos segmentos com crescimento foram os de produtos alimentícios (9,1%) e indústrias extrativistas (3%). Por outro lado, os setores de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis caíram 18,2% e o de confecção recuou 3,7%.

A Pesquisa Industrial Mensal acompanha mensalmente o comportamento das indústrias extrativas e de transformação nas 18 unidades da federação com maior participação no valor da transformação industrial nacional, além da região Nordeste como um todo.

Tribuna do Norte

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